segunda-feira, 29 de setembro de 2008

No alto


O duo cearense Montage está com a corda toda. A banda composta por Daniel Peixoto e Leco Jucá, vem se destacando cada vez mais no cenário da musica independente e com todo sucesso que conseguem alcançar eles vão adquirindo as doses essenciais para a popularidade do Montage. Nos shows do Montage, sempre é de praxe ver um rosto diferente e desconhecido cantando os hits da banda, em cada estado que eles fazem shows tem seus respectivos fãns que mantêm contato com eles através da internet. Um exemplo disso foi a participação do Montage no III Festival Se Rasgum que acontece anualmente em Belém (PA), a dupla cearense fez um show marcante no qual levou a galera ao delírio. No show, eram gritos eufóricos gritando o nome dos garotos e muitos outros e isso fez que deixasse a data marcante para a carreira do Montage. E no ultimo sábado dia 27/09, o duo fez um mega show, com uma super estrutura no Festival Skol Beats. O Montage representou a cena Brasileira com seu live ousado, Daniel Peixoto detonou com suas marcantes performances, escalou a grade do palco, encenou cena de sexo com as caixas de sons e fez variadas poses sensuais. Além disso, as guitarras ficaram por conta do Mauricio, guitarrista da banda paulistana Multiplex. Depois dessas emoções e de muitas outras que virão o Montage vai dar uma pausa de viagens com shows pelo Brasil, pois eles ainda este ano embarcarão com uma turnê européia, mas enquanto isso, eles terminam as gravações do novo disco em um estúdio que eles mesmos montaram com meta de terminar as gravações até o dia 15 de outubro e até dezembro pode ser que o disco esteja pronto para um lançamento virtual. A produção do disco fica por conta do Paulo, da Maximize Records, um selo de São Paulo especializado em e-music.

Show do Montage no III Festival Se Rasgum, Belém (PA)

Show do Montage no Skol Beats 2008 em São Paulo

Fotolog Oficial do Montage: http://www.fotolog.com/montage_br

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

São dias de Varadouro


O Acre está empolvoroso. É chegada à hora de mais uma edição, do grande Festival Varadouro - maior Festival de cultura independente do Norte. O longínquo Estado do Acre se torna rock’n’roll mais uma vez. Filiado à Abrafin e parceiro do Circuito Fora do Eixo , o Festival em 2008, da mesma forma que um dia deixou de ser Guerrilha para se tornar Varadouro, deixa de ser apenas um festival de música para impulsionar a integração da América Latina através das manifestações integradas da cultura e assume definitivamente o papel de mola propulsora na discussão dos problemas sócio-culturais e ambientais que atingem o planeta através de sua programação de debates, palestras e oficinas de conscientização, capacitação e potencialização de talentos. Nessa semana, mais especificamente nos dias 26 e 27 de setembro, rola no Acre a quarta edição do festival Varadouro. Vai acontecer na capital Rio Branco no mesmo local do ano passado, o estacionamento do estádio de futebol da cidade. E tem tudo pra ser uma edição fodaça, visto que a programação está supimpa. Olhando a programação, dá pra sacar alguns lances bem legais: a valorização das bandas locais (que comparecem em grande número na edição 2008) e o fato de um evento rocker abrir espaço para a cultura local, com a apresentação musical de uma tribo indígena. Além disso, o Varadouro também prossegue com a política de ser um dos festivais mais acessíveis ao público em geral, visto que a entrada para cada noite irá custar à merreca de R$ 3,00. Dá uma olhada aí embaixo e veja quem estará tocando por lá:

Sexta 26/09
TK7Dois1 (AC)
Boddah DiCirio (TO)
Blush Azul (AC)
Marlton (AC)
La Pupuña (PA)
Yaconawas (AC)
Ecos Falsos (SP)
Survive (AC)
Pata de Elefante (RS)
Los Porongas (AC)
Atajo (Bolívia)

Sábado 27/09
Ashaninkas (Conj. Indígena – AC)
Hey, Hey, Hey (RO)
Silver Cry (AC)
Calango Smith (AC)
Cabocrioulo (AM)
Diego de Moraes e o Sindicato (GO)
Nicles (AC)
Linha Dura (MT)B
areto (PERU)
Filomedusa (AC)
Cordel do Fogo Encantado (PE)

MAIS: http://www.festivalvaradouro.com.br/

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fossil Intermezzo Minimal Tour


O Fossil em parceria com o selos paulistanos Amplitude (SP), Slag Records (SP) e Tronco Produções (SP), anunciam sua mais nova empreitada. Dessa vez o Fossil invade o interior paulista e capital, dando continuidade a: Intermezzo Minimal Tour. Que em 2008 já passou por cidades como: Cuiabá (MT), Goiânia(GO), Uberlândia(MG), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Recife (PE), Garanhuns (PE), Fortaleza(CE) e Sobral(CE). A tour referente ao lançamento do seu disco de estréia, intitulado: Insônia – La movimentacion musicale intermezzo minimal. Dessa vez conta com muitas novidades entre elas participações de músicos da cena independente nacional um deles é Carlos Gadelha (O Quarto das Cinzas/O Jardim das Horas). A outra novidade é que o grupo irá fazer um apanhado geral de suas composições, fruto de 04(quatro) anos de constante trabalho no cenário musical. Músicas que integraram EP’s, coletâneas, discos e é claro canções inéditas. Depois de meses de estudo, conversas e ligações para casas que não tinham menor idéia do que estava por vir, o projeto se cristalizou nas turnês das bandas Fóssil (CE) e Atracttive & Popular (USA), esta última oriunda de Hot Springs, cidade americana que inspirou toda a empreitada com a Amplitude em parceria com os grupos.

Fossil – Tour Datas
23/Set • Ter • Bauru @ Jack Music Pub
24/Set • Qua • Botucatu @ Festa Universitária UNESP
25/Set • Qui • São José do Rio Preto @ Tomarock
26/Set • Sex • Araraquara @ CaiBar
27/Set • Sáb • Mogi das Cruzes @ Campus VI
28/Set • Dom • São Carlos @ Armazem Bar
01/Out • Qua • Rio Claro @ Boly's
02/Out • Qui • Campinas @ Bar do Zé
03/Out • Sex • São José dos Campos @ Hocus Pocus
04/Out • Sáb • CCJ – Independente @ Vila Nova Cachoeirinha
05/Out • Dom • Limeira @ Kingston
06/Out • Seg • Guarulhos @ Galeria Abombnavel
08/Out • Qua • São Paulo @ Livraria da Esquina
09/Out • Qui • Sorocaba @ Imperium
10/Out • Sex • Bragança Paulista @ Cardápio Underground
11/Out • Sab • Franca @ Nativa's
12/Out • Dom • Santos @ Studio G
16/Out • Qui • Ribeirão Preto @ Bronze
19/Out • Dom • São Caetano do Sul @ Studio G

Fossil Links (Para ouvir)

www.myspace.com/fossilsoundtrack

www.tramavirtual.com.br/fossil

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Malucos e Bellezas

Foto: André Porto

Daniel Belleza & Os Corações em Fúria: experimentação, MPB e psicodelia em seus discos. Os primeiros shows do quarteto paulista Daniel Belleza & Os Corações em Fúria aconteceram no ano de 2003. Os palcos eram galerias de arte, projeções de vídeo davam o suporte e todo um cuidado com o visual dos integrantes dava o tom. Foi o que bastou para o mundo fashion apadrinhar a banda, que passou a se apresentar em desfiles de grifes famosas. O primeiro disco saiu no final de 2004, com um repertório que forma uma ponte inusitada entre o glam rock da década de 70 e a MPB classuda da mesma época. As canções ganhavam tal dimensão ao vivo que o grupo começou a ganhar fama de fazer “o show”. Não era para menos: um punhado de cataclismos sônicos tocados no palco como se o mundo fosse acabar ali, e um vocalista praticando danças e gestos evocatórios, como se estivesse incorporando algum xamã. Logo depois veio o tão esperado Avatar, cheio de guitarras nervosas e muita experimentação sonora, tem direito até a arroubos de psicodelia em algumas faixas, o que reforça a ligação que a banda busca hoje com a MPB em sua fase clássica. Atualmente, Daniel Belleza & os Corações em Fúria divulga o seu ultimo disco lançado auto-intitulado. A banda está circulando em shows pela cena paulistana e em algumas cidades do Brasil como aconteceu o show que a banda fez em Goiânia no Festival Vaca Amarela 2008. Lá Daniel Belleza apresentou Joe, o novo baixista da banda. O músico, além de baixista, é dono do Clube Inferno, em São Paulo. Show clássico do Daniel! Com participação especial de João Lucas, insano, que além de vocalista, também é Organizador do festival. No palco, Daniel Belleza e os Corações em Fúria vão além da questão musical e se revelam uma banda multimídia, incorporando moda, teatro, HQ e artes plásticas a apresentações vigorosas. Glamour nos figurinos, referências artísticas e musicais nas projeções sobre o cenário e performances viscerais tornam os shows da banda experiências surpreendentes e inesquecíveis. Pra ficar mais antenado nos poser rockers, eles lançaram o Video Clip de Tangerinas azuis dirigido por Paulo Fratino e está na programação da MTV Brasil. Em breve saberemos mais doces de Daniel Belleza & os Corações em Fúria.

Foto: Renato Reis

Ouça: http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=9304

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O projeto benfeitor "Sunset"


Com um latente sex appeal, o duo Gustavo Garde e Monique Maion, formam o projeto Sunset que passeia por estilos variados, a auto-intitulada dupla circense vai do folk ao jazz e uma pitada de country. Garde & Maion se conheceram em Janeiro desse ano em São Paulo e desde então começaram a trocar figurinhas e ambos faziam participações em seus devidos shows. Em maio se trancaram em um sítio e com boas inspirações e uma familiaridade intensa gravaram as 7 músicas do álbum de estréia. Os dois tomam conta do vocal e tocam seus devidos instrumentos, Monique com seus instrumentos inusitados como: Kazoo e escaleta, e Garde também nos vocais e dando o brilho e tom no violão. As músicas são de qualidade e bem extintas. Gustavo e Monique são aliados nisso e fizeram um som bacana, com ar doce e silvestre.

Baixe o disco: http://www.spsonica.com.br/sunset
Myspace: http://www.myspace.com/7sunset

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Forgotten Boys lança álbum no MySpace


O newsletter do My Space anunciou essa semana no meu e-mail pessoal um de seus mais recentes lançamentos. E esse lançamento chama bem a nossa atenção, pois trata-se do álbum “Louva-a-Deus”, o mais novo trabalho do Forgotten Boys. Após a participação em dezenas de festivais e eventos pelo país, a banda acabou criando familiaridade e diálogo com a produção independente. Mesmo apesar de todo o hype obtido pelos Forgotten, a opção de trabalho foi permanecer gerenciando a própria carreira. O lançamento de um álbum independente pelo My Space é mais um marco do atual momento que vive a música mundial. O My Space, um dos principais veículos de disponibilização de música digital entrou na empreitada dos lançamentos de álbuns virtuais, sem muita preocupação política, lançando ao mesmo tempo indies e hypados. Enfim, no independente foram criadas alternativas a esses lançamentos, estando de acordo com o investimento no restante da cadeia produtiva. Não há como não mencionar o projeto Download Remunerado, do TramaVirtual, que oferece as músicas de graça e remunera o artista por isso, capitalizando-se através de parcerias com a iniciativa privada. Mais exemplos: os lançamentos digitais são sempre acompanhados de um evento em alguma casa noturna normalmente lotada, e com alto consumo de bar. O Louva-a-Deus, por exemplo, foi disponibilizado para download no site oficial da banda, do meia dia até as oito da noite do dia do evento de lançamento. E a festa no Inferno (casa paulistana) foi um sucesso. Ou seja, o evento teve divulgação maciça e os acessos do site foram às alturas. Com o álbum distribuído de graça, o retorno vem de outras fontes. O “Louva-a-Deus” é o primeiro lançamento da Forgotten Boys Records (!!!), e o álbum em breve sairá em formato físico, distribuído pela Tratore. A versão para download não está mais no site da banda, onde consta apenas um recado: “Quem ficou sem, saiba que alguns links estão espalhados por aí para que você ainda consiga... mas, é com você acha-los”. Claro que todos que procurarem vão ter a certeza de achar, pois a internet é profunda e intensa, os fãns da banda concerteza já uparam esse novo trabalho. Então é isso Ticas e Ticos! Vamos aguardar a bolachinha que logo estará na mão. Enjoy!

Ouça o disco: http://www.myspace.com/forgottenboys


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Prêmio Dynamite 2008


Na semana passada, começou com novidade quente na cena independente: através de listas na Internet, o Prêmio Dynamite divulgou os nomes que concorrem na sétima edição da principal premiação da cena independente nacional. Fico também bastante feliz em saber que vários deles passam pelo Underpendente tanto em matéria como em entrevistas. Ao todo são 22 categorias, e mais de 440 indicados, de todos os estados brasileiros. A assessoria do Prêmio divulga, sem nenhuma objeção, que esse é o maior mapeamento já feito na cena independente brasileira. Pra se ter uma idéia, entre os indicados está desde nomes conhecidos há anos, oriundos da divulgação massiva (e maçante) do main stream, até nomes emergentes do cenário musical. Divididos nas 22 categorias, estão Autoramas(RJ), Cachorro Grande(RS), Los Porongas(AC), MQN(GO), Nação Zumbi(PE), Revoltz(MT), Charme Chulo(PR), Ecos Falsos(SP), Mezatrio(AM), Subtropicais(RS), Vanguart(MT), Violins(GO), Marcelo Bonfá(RJ), Pato Fu(MG), Madame Saatan(PA), Dance of Days(SP), Nitrominds(SP), The Sinks(RN), Udora(MG), Djavan(AL), Luís Melodia(RJ), Fernanda Takai(MG), Yamandu Costa(RS), Supergalo(DF), Enne (MG) O Jardim das Horas (CE) (novo nome do O Quarto das Cinzas), A Euterpia (PA) Megadeath(EUA), Radiohead(Inglaterra), entre muitos outros. É bacana perceber também como o prêmio cresce concomitantemente ao desenvolvimento do mercado da cena independente, que injeta no circuito mais de uma centena de bandas a cada ano. Nas indicações do Dynamite, era bem comum a maioria das bandas independentes figurarem nas categorias “Revelação” e “Destaque Regional”, por exemplo. Esse ano, com o desenvolvimento contínuo dos eventos, festivais e bandas, podemos ver alguns profissionais tomando de assalto categorias diferentes das duas listadas acima. Por exemplo, temos Madame Saatan(PA), na categoria Heavy Metal, ao lado de Shaman e Viper; Isso sem mencionar o Chimpanzé Club Trio(SP) na categoria “Álbum Instrumental” e do Lucy and Popsonics(DF), na categoria “Álbum Música Eletrônica”. Para lançar a programação, a Associação Cultural Dynamite e o site Dynamite Online promoveram no ultimo dia 5, 6 e 7 de setembro, no Sesc Pompéia três eventos prévios, chamados “Mostra do Prêmio de Música Independente”. A listagem completa você pode ver no site oficial do Prêmio Dynamite: http://www.premiodynamite.com.br

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Setembro e os Festivais Independentes

O mês de setembro está com a programação perfeita com ótimos festivais que vão acontecer em diferentes estados brasileiros. Pra começar tem o Vaca Amarela, logo após tem o Jambolada e pro fim vem o Se Rasgum. Cada um com ótimas atrações e uma inovação tremenda nos festivais. Claro, que nada melhor do que investir em coisas boas e isso vale a pena e muito. Estou sempre na torcida para que os festivais independentes evoluam mais e mais e sei que a cada ano isso vai se manifestando. Então pra todos mais que nunca, um maravilhoso mês de setembro. Sinta o que vai acontecer nos seguintes festivais:

Vaca Amarela 2008

Diversidade cultural. Essa é a principal característica do VII Vaca Amarela, a maior de todas as edições, que será realizado nos dias 05 e 06 de setembro, no Centro Cultural Martim Cererê. Além dos dois palcos principais - que têm como o carro-chefe o rock e onde pisarão atrações como Autoramas, Forgotten Boys, Wander Wildner, Lanny Gordin, Black Drawing Chalks, Diego de Moraes e o Sindicato, Terra Celta e Devotos NSA, Daniel Belleza & os Corações em Fúria, por exemplo - o festival inova com o Palco Música Brasileira. Nele, tocarão bandas goianas que trazem uma proposta bastante diferente das demais que se apresentam no Vaca Amarela. Na primeira noite, quem comanda são as bandas Vida Seca e Filhos de Maria e Madalena. No sábado, o palco fica por conta de Cega Machado e Alma Brasileira.
MAIS: http://www.fosforocultural.com.br/vacaamarela


Jambolada 2008

Acontece de 12 a 14 de setembro próximo, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a quarta edição do Festival Jambolada, com a pretensão de se reafirmar enquanto grande vitrine do Circuito Mineiro de Música Independente. Ainda jovem comparado a gigantes como Goiânia Noise (GO), Porão do Rock (DF) e Abril Pro Rock (PE), o festival tem crescido a olhos vistos, a cada ano. “Da primeira edição, em 2005, com um público de 600 pessoas em dois dias, o festival partiu para 2007 com um orçamento dez vezes maior e um público de 10 mil pessoas em três dias”. Quanto as atrações, não poderia ser melhor! Grandes destaques da cena independente passarão pelos palcos do Festival Jambolada entre elas estão: Madame Saatan (PA), Enne (MG) Porcas Borboletas (MG), Ratos do Porão (SP), entre outros. Para ficar mais por dentro do festival e da programação veja: http://http://www.jambolada.com.br/


III Festival Se Rasgum

Três anos de festival celebrados em três dias de música e divididos em três espaços. A tríade da vez reúne em Belém o melhor da nova música regional e nacional com mais de 30 bandas, para todas as tribos. Nos dias 19, 20 e 21 de setembro, o African Bar, em Belém, receberá grandes nomes da música brasileira contemporânea na terceira edição do Festival Se Rasgum, que ainda reunirá as novas apostas da música paraense e abrigará mais uma celebração musical no African Bar (anexado à praça Waldemar Henrique). Entre outras atrações nacionais e internacionais de peso selecionadas para esta edição, o evento conta com o samba-funk-rock-soul do Curumin (SP), o rock'n'roll eletrizante dos Autoramas (RJ), a misturada carioca da banda Do Amor (RJ), o rock dançante e performático do Canastra (RJ), o som moderno da Tom Bloch (RS), o eletro-rock polêmico do duo cearense Montage (CE), a mais recente inovadora banda cearense O Garfo (CE), os rebeldes anos 80 da Plebe Rude (DF) e a sensação do indie-rock mundial do Shout Out Louds, da Suécia. Novas apostas da música brasileira se apresentarão nos dois palcos montados, além do terceiro ambiente que terá apresentações especiais com um gosto de experimentalismo e intimismo, o Laboratório Se Rasgum. Carimbó, guitarrada, tecnobrega, dub/reggae e rap - além, é claro, do rock - chegam no III Festival Se Rasgum representando outros segmentos expressivos dentro da música paraense. Para dar conta da grande quantidade de boas bandas interessadas em participar do evento, a produção criou um terceiro ambiente, chamado Laboratório Se Rasgum, que será na boate do African Bar e terá como mote o experimentalismo e a fusão de estilos musicais. Para ficar mais por dentro do festival e saber de toda a programação veja: Escalação do Festival Se Rasgum 2008.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A Fábula sem farsa do Lucy And The Popsonics


Foto: Pedro Ladeira

A atual dominação do mundo já está no ar e na indie-Terra mesmo. Vindos de uma outra galáxia sem comprometimento político ou social, são os Eletropandas. Fernanda e Pil Popsonic formam o Lucy And The Popsonics. A magia desse casal é extrema, podendo fazer tudo ficar pequenininho com suas devastações eles que já se especializaram em fazer rock para dançar, pulsado por corações punks. Os Popsonics fazem um trabalho pop, sem seguir padrões convencionais ou idéias datadas, ditado primordialmente pelas leis do entretenimento, da pose e ate da futilidade. Agitaram bastante, pilharam muitas energias e lançaram no mercado seu disco de estréia, “A Fabula (ou a Farsa?) de Dois Eletropandas”. Uma pista de dança e um mega palco serve como conceito principal e mantenedor do disco, à proporção que a estética e a teoria dos pequenos mamíferos se baseiam em curtos 22 minutos. Esse duo que já é bastante conhecido por movimentar bastante na cena independente e alternativa brasileira passando com seus shows em várias cidades brasileiras, eles também sempre é atração confirmada em diversos festivais de música independente tendo ótimas cotações em veículos especializados de suas apresentações em festivais como: Rec Beat (PE), Mada (RN), Porão do Rock (DF) Eletronika (MG), entre outros. E pra ter mais gás, nada melhor do que entrevistar os próprios. Entrevistei a Fernanda Popsonic e ela fala sobre a trajetória da banda, agenda de shows e novidades. Desencane de todos os rótulos e venha dançar com o Lucy And The Popsonics a noite toda.

Foto: Pedro Ladeira

Luan / Underpendente: Como surgiu o Lucy And The Popsonics? Por que uma banda com dois integrantes? Nesse caso podemos dizer que menos é mais?

Fernanda: Nesse caso podemos dizer que menos é mais sim. A questão era bem simples. A banda que tivemos na adolescência acabou por questão de relacionamento. Queríamos eliminar isso. Então, como eu só sabia um pouco de baixo e o Pil de guitarra montamos um duo. O outro ponto que contava a favor era que queríamos fazer um som que a gente estava ouvindo. Não fazia sentido convidar alguém para tocar com a gente mesmo naquele momento. É claro que um duo não pode fazer musicalmente muita coisa. Tem de se pensar minimalisticamente, o que muita gente não entende.

Luan / Underpendente: Como foi o primeiro show que vocês fizeram com o Lucy And The Popsonics?

Fernanda: Eu acho que foi no Landscape. Tínhamos sido convidados para tocar para o projeto solo do Fábio Pop, o Solo Deluxe, no final de 2005. Foi um show super. Confesso que esperava menos na época. Saímos de lá super felizes por termos feito um grande show. Tudo foi perfeito naquele dia: o som, a iluminação, everything.

Luan / Underpendente: Qual a função de cada um na banda?

Fernanda: Pil trabalha com os sinths e a guitarra. Eu fico no baixo e vocal. Nós fazemos as letras juntos.

Luan / Underpendente: As bases eletrônicas da banda, como vocês preparam?

Fernanda: Começamos com um loop. Depois vamos montando as partes das baterias. Quando vamos pra estúdio que colocamos mais hardwares, saca? E isso que dá uma batida mais forte.

Luan / Underpendente: Quais as principais influências da banda?

Fernanda: The Kills, Stereo Total, B-52´s, Fred Schneider, Sex Pistols.

Luan / Underpendente: Qual o lado bom e o ruim de estar em Brasília?

Fernanda: O lado ruim é mais óbvio: a cidade é muito paradona. A parte ótima é que a cidade é linda, nos dá uma qualidade de vida excelente e quando estamos aqui ficamos menos agitados e com vontade de fazer mais músicas.

Luan / Underpendente: Muitas bandas acabam indo morar em São Paulo. Vocês pensam em ir pra lá ou dá pra continuar morando aí?

Fernanda: Continuar morando em Brasília, claro. Estamos começando a pagar apartamento. Vamos ter uma residência fixa. Ganhamos bem aqui. Não acho que viveríamos assim tão bem se fossemos para São Paulo. Música não nos dá muito dinheiro. Só largaríamos essa vida se fosse para ganhar mais do que ganhamos hoje. Acho difícil isso acontecer. Temos amigos europeus que vivem de música e ganha menos que a gente em reais.

Luan / Underpendente: Fernanda, como foi a experiência de trabalhar no CD da banda Superguidis?

Fernanda: Fui para a casa do Phillipe SEABRA comer churrasco e me chamaram para gritar "Riffs!" O Pinduca me deu uma super bronca quando eu saí do tempo. Hehe. Foi divertido. Os meninos são ótimos e fofos.

Luan / Underpendente: O Lucy And The Popsonics vem sendo sempre atrações em Festivais de música independente. Como vocês avaliam o cenário atual deste tipo de evento?

Fernanda: Os festivais nos ensinaram muita coisa, como ser uma banda de verdade e nos profissionalizar. Hoje eu posso dizer que estamos nesse patamar e graças aos festivais independentes e aos não-independentes também. O cenário atual é que vivemos em uma época em que estamos conquistando mais espaços, mas que ainda se há muita coisa para fazer. Não existe um mercado médio no Brasil. Aqui só underground e mainstream, diferentemente do que ocorre nos EUA e na Europa. Nesses países existem bandas com longas carreiras sem ser mainstream. O que mais falta no Brasil atualmente são bandas de qualidade e conectadas com o nosso tempo. As coisas aqui demoram muito para chegar. Às vezes nem parece que temos internet, sabe? Escuta-se muito pouca música no Brasil. Nisso, estou me incluindo também, apesar de que atualmente escuto bastante coisa. No início eu até achava que eu não entendia muito disso. Na verdade, ninguém entende de música no Brasil.

Luan / Underpendente: O que "A Fabula (ou a Farsa?) de Dois Eletropandas" efetivamente representa para a carreira da banda?

Fernanda: É o nosso primeiro disco e o que nos projetou para onde estamos hoje com certeza. A ele agradeço por ter feito tudo que fizemos em 2007 e 2008.

Luan / Underpendente: O que esse disco diz?
Fernanda: Dance for 22 minutes nonstop.

Luan / Underpendente: O que a banda está escutando atualmente?

Fernanda: o novo do the Kills, The Knife, REM, Crystal Castels e todas as outras coisas que encontramos na internet.

Luan / Underpendente: Quais os planos do Lucy And The Popsonics pra esse semestre?

Fernanda: Cumprir a agenda de shows no Brasil e no exterior e gravar mais coisas.

Luan / Underpendente: O Lucy And The Popsonics, como muitas bandas que integram a cena alternativa, contam com o aliado maior na divulgação do seu trabalho, que é internet. Na visão de vocês, qual o papel e importância desta ferramenta para os grupos e/ou músicos tanto do underground, como até mesmo dos integrantes da música em geral?

Fernanda: Se não fosse a internet a gente provavelmente não existiria. É um dos meios mais fáceis de divulgação da banda e atualmente também é um ótimo meio de vendas das músicas. Nós não fomos lançados nos EUA, mas no dia 16 de março ficamos em primeiro lugar entre os artistas brasileiros de vendas na internet.

Luan / Underpendente: Como está a agenda de shows?

Fernanda: Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Porto Alegre, Montreal (Canadá), Buenos Aires (Argentina). Tocamos este mês em Salvador, cidade sensacional.

Luan / Underpendente: Obrigado pela entrevista Fernanda! Deixe uma mensagem para os visitantes do Underpendente:

Fernanda: ROCK!

Show do Lucy And The Popsonics no Festival Porão do Rock (DF)

Fotos: Pedro Ladeira

Links do Lucy And The Popsonics:

http://www.tramavirtual.com.br/lucy_and_the_popsonics

www.myspace.com/lucyandthepopsonics

www.fotolog.com/lucy_popsonics

http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=1284985