Luan / Underpendente: Nascida há seis anos em Belo Horizonte/MG. Como vem sendo o dia a dia da Enne desde a formação?
Luciano: Ao longo desses anos, a banda divide sua rotina entre ensaios, composição, shows, viagens, gravações e demais atividades que envolvam o andamento da nossa carreira. Normalmente nos encontramos cerca de duas a três vezes por semana, mas não há um dia sequer em que cada um de nós não tire pelo menos uma hora para investir na banda, seja compondo em casa, ou gravando uma idéia, ou fazendo contatos para novos shows, ou atualizando fotolog e demais ferramentas da Internet, fazendo contato com o público. Temos esse compromisso de sempre buscar algo para nunca ficarmos parados.
Luan / Underpendente: O que Nômade efetivamente representa para a carreira da banda?
Luciano: O “Nômade” ao mesmo tempo em que ele representa a consolidação da banda no cenário da música independente nacional, após as boas críticas ao nosso primeiro disco (“Momentum”, 2004), ele também representa um novo passo em direção a um caminho que era ainda desconhecido, principalmente pelo fator da mudança da língua das composições (agora em português) e também por outros elementos sonoros explorados pela banda continuamente. E agora ele já representa um caminho e direção concreta pra gente. Um passo bem consolidado perante o futuro da banda.
Luan / Underpendente: A banda já lançou dois CDs demo e o primeiro álbum da banda gravado em inglês o Momentum. Quais são as diferenças desses trabalhos anteriores para o atual?
Luciano: Como eu disse anteriormente, a primeira diferença notada logo de cara é em relação ao idioma das composições, agora em português. E foi difícil chegar até um resultado que nos agradasse, porque a maioria das nossas influências cantam em inglês.
Outro ponto que diferencia o trabalho atual do anterior é a exploração de outra sonoridades, passar a mesclar as experimentações que eram presentes em abundância no “Momentum” com outras sonoridades mais sólidas e diretas, criando talvez um som mais dinâmico, embora menos experimental que antigamente.
Luan / Underpendente: Como rola o processo de composição das músicas da banda?
Luciano: Basicamente, alguém chega com alguma idéia de música, seja um riff, uma melodia, um ritmo, e a partir disso, passamos a trabalhar em cima, criando e arranjando, até chegar a um resultado final que seja satisfatório para todos os quatro integrantes da banda.
Luan / Underpendente: A Enne já participou de importantes festivais do circuito independente nacional, como o Araraquara Rock (São Paulo), PMW Festival (Palmas), Calango (Cuiabá), Piauí Pop (Teresina). Como vocês avaliam o cenário atual deste tipo de evento?
Luciano: Os festivais independentes estão crescendo cada vez mais, e isso é ótimo. Ganhando boa estrutura, conseguindo patrocínios e revelando cada vez mais bandas de qualidade. E isso é um reflexo de que o cenário mainstream da música está saturado e não renovável, e com isso o público passa a procurar outros artistas fora desse eixo. Inclusive festivais “mainstream” que já participamos, como o Piauí Pop, tem buscado apresentar novidades para o público, mas ainda assim são exceções.
Luan / Underpendente: O som da Enne nos sites que hospedam músicas está como gênero alternativo. No conceito da banda, qual estilo de música que a banda faz?
Luciano: Eu particularmente acho o som do Enne muito difícil de se classificar em um subgênero dentro do rock, mas acredito que o “rock alternativo” seja o mais adequado, justamente por não ter uma posição estética tão bem definida quanto outros tipos de vertentes do rock.
Luan / Underpendente: Algum integrante da Enne está envolvido em outro projeto paralelo a Enne?
Luciano: Sim. O Cacau (baterista) é também vocalista de uma banda pop chamada Rezet. Eu entrei em outra banda recentemente, tocando guitarra e cantando, mas que serve mais como um passatempo mesmo, nada sério como o Enne. O Jay e o Fred não possuem outros projetos por enquanto.
Luan / Underpendente: O que a banda está escutando atualmente?
Luciano: atualmente andamos escutando muito Foo Fighters, Paramore, Finger Eleven, Muse, Violins, 30 seconds to Mars, Dead Fish, Pitty, Transmissor, The Shades, além das antigas referências como Biffy Clyro, A Perfect Circle, Hundred Reasons, Los Hermanos, Incubus, Silverchair, Circa Survive, Rage Against the Machine, etc...
Luan / Underpendente: Quais bandas do cenário independente brasileiro vocês mais curtem e apontariam como destaque?
Luciano: Tem algumas bandas bem bacanas no cenário independente, e muitas delas já tivemos o privilégio de dividir o palco por aí. Gostamos bastante e temos muito respeito pelo Violins de Goiânia, o Madame Saatan do Pará, o Transmissor de Belo Horizonte, o Stelabella, Canastra e a Aive do Rio de Janeiro, as bandas da Bahia como o Automata, o Minerva, Intra e Kambo, a Jane Fonda de Natal, 2fuzz de Fortaleza, entre outras várias por aí.
Luan / Underpendente: Como vocês analisam os veículos que divulgam o trabalho das bandas de música independente?
Luciano: De uma importância fundamental para nós, bandas independentes. Apesar de sermos independentes na nossa proposta de criação musical, somos muito dependentes de veículos como o Underpendente, para nos ajudar na divulgação e fazer com que o nosso som chegue até pessoas que ainda não o conheçam, ou para levar informações novas para os que já conhecem o trabalho dessas bandas. Bandas independentes e esses veículos de informações devem se unir cada vez mais para somar forças e crescerem juntos, fornecendo estrutura um ao outro.
Luan / Underpendente: Quais os planos futuros para a Enne?
Luciano: Estamos fazendo shows pelo Brasil divulgando o “Nômade”, mas ao mesmo tempo já estamos compondo e gravando coisas novas. Não sei se devemos lançar um disco físico tão brevemente, mas vamos disponibilizar na Internet todas as músicas novas que formos compondo e gravando, a medida em que elas forem ficando prontas. O dinamismo do mundo da música está cada vez maior e pedindo isso. Achamos inviável ficar mais dois anos gravando um novo álbum, sem apresentar nenhuma novidade para o público no decorrer desse tempo.
Luan / Underpendente: Obrigado pela entrevista! Deixe seu recado para os visitantes do Underpendente:
Luciano: Quero agradecer primeiramente ao Luan e ao Underpendente pelo espaço, pois como já disse acima, veículos como esse são essenciais para qualquer banda independente. Conte com a gente, pois nós contamos com vocês. Deve haver essa cumplicidade.
E aos leitores do Underpendente que ainda não conhecem o Enne, queria convidá-los a conhecer nosso trabalho. Só de separar um tempo para conhecer o nosso som, ou de qualquer outra banda independente brasileira, já um ato muito louvável. Continuem sempre buscando coisas novas se você não está satisfeito com o que aparece nas grandes mídias. E aos que já conhecem o som do Enne, peço que fiquem atentos às novidades, e agradeço demais por toda a força! Espero que nos encontremos por aí em breve! Muito obrigado a todos!
Links da Enne:
Tramavirtual - www.tramavirtual.com.br/enne
Myspace - www.myspace.com/enne
Purevolume - www.purevolume.com/enne
Last FM - www.lastfm.pt/music/Enne
Fotolog - www.fotolog.com/enne_news
Youtube - www.youtube.com/ennevideos
3 comentários:
Muito boa entrevista. Realmente sites assim são essenciais p/ crescimento de uma banda independente como o Enne. Bora conhecer galera, o som deles é foda, vale muito.
muito phoda aki em
essa entrevista com ENNE muito show \o
tbm tenho um blog de entrevistas
de uma conferida ae!
www.cesinha-entrevista.blogspot.com
abraços ae
realmente a cada dia q se passa só consigo virar + e + fã deles!
parabéns pela entrevista meninos, e Zaca falou buniiiiito cara!
hehehehe
vlw
;***
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